Circuitos da F1: Conheça Red Bull Ring, um dos circuitos mais memoráveis da Fórmula 1
Por Renata Resende
![]() |
Red Bull Ring site oficial |
A história desse circuito começa lá em 1969, quando os austríacos decidem substituir o velho circuito do Aeródromo de Zeltweg. O nome que escolheram dar ao novo autódromo foi "Österreichring" e ele ganhou os corações dos amantes de Fórmula 1. Tinha curvas rápidas e uma pista desafiadora. O problema é que o circuito não era o mais seguro.
A tragédia e o fim da era Österreichring.
![]() |
Ge globo |
Em 1975, o piloto estadunidense Mark Donohue, da March, acabou perdendo o controle de seu carro, após um dos pneus furarem. A consequência foi uma tragédia. O carro bateu numa cerca de proteção e seus destroços voaram. Um fiscal da prova foi atingido e acabou morrendo.
Donohue, que na hora não parecia estar gravimente ferido, porém no outro dia entrou em coma e também faleceu. O acidente, que infelizmente tirou a vida de duas pessoas, foi motivo das primeiras mudanças no circuito.
Mesmo com as alterações feitas, como um ligeiro estreitamento na primeira curva, ou a adição de uma chicane, o circuito ainda não ficou muito seguro. Outros acidentes foram acontecendo, como no caso de quando Stefan Johansson (McLaren) colidiu seu carro com um cervo.
Johansson sobreviveu, mas o cervo e o carro não. A FIA vendo as colisões na estreita reta de largada, deu um basta e a última corrida a acontecer naquele traçado foi em 1987. A Áustria então só foi receber um Grande Prêmio da Fórmula 1 depois de uma década.
A1-Ring: Novo nome, nova esperança
O ano era 1997, e a F1 volta para a pista austríaca. Mas agora o circuito estava diferente, menor e suas curvas rápidas já não existiam mais. A empresa de telefonia austríaca "A1" tomou a frente, e o nome do circuito passou a ser A1-Ring.
Naquela pista, o brasileiro que teve a melhor pontuação foi Rubens Barrichello, quando guiava pela Ferrari. Em 2004 decidiram reformar o circuito mais uma vez. Após destruírem e quebrarem boa parte da pista, os patrocinadores mudaram de ideia e largaram o circuito para lá.
O circuito então é vendido, e quem compra é a empresa Red Bull. Mas o dono da marca, Dietrich Mateschitz falava para qualquer um que não tinha intenção de gastar dinheiro lá. A Fórmula 1 sai da Áustria mais uma vez, e só voltaria anos depois.
O Touro entra para o calendário da F1
![]() |
Autoracing |
Em 2011, a Red Bull resolve retomar o projeto e reinaugura a pista. Aos poucos os esportes velozes vão voltando para o circuito, mas só em 2014 que a Fórmula 1 voltou. E permanece até hoje, com seu contrato com a F1 terminando em 2030.
Até hoje, só dois brasileiros correram pela F1 no Red Bull Ring, e por coincidência, dois Felipes. Guiando então pela Williams, Felipe Massa bons pontinhos até sua saída da Fórmula 1 em 2017. O outro piloto foi Felipe Nars, pela Sauber, correu por dois GPs, terminando em 11º lugar em 2015 e 13º lugar em 2016.
Brasil no circuito
Emerson Fittipaldi (Lotus) foi o primeiro brasileiro a correr naquela pista, lá em 1970, mas foi só no seu terceiro GP de Fórmula 1 que ele conseguiu sua vitória, ainda na Lotus. A partir desse ano, 1972, outros pilotos brasileiros começaram a aparecer, embora só Emerson tenha conseguido o lugar mais alto do pódio na Áustria.
Carlos Pace fez seus 4 e únicos pontos naquele circuito em 73, quando guiava pela Surtees-Ford. Outro Fittipaldi também naquela pista, mas pela Brabham, mas Wilson só correu um GP. A Brabham foi uma equipe teve alguns pilotos brasileiros correndo naquele circuito.
Além de Wilson Fittipaldi, Carlos Pace e Nelson Piquet guiaram naquela pista. Piquet foi o piloto com melhores resultados entre seus compatriotas naquela equipe. Ayrton Senna também disputou alguns GPs na Áustria. Senna correu pela Toleman e pela Lotus, onde conseguiu seus pontos.
Chico Serra também deixou sua marca naquele circuito, ficando em 7º lugar em 1982, GP que correu pela equipe Fittipaldi. Equipe essa que participou na Áustria com dois pilotos brasileiros, Serra e Emerson Fittipaldi.
Nessas idas e vindas da Fórmula 1 para o circuito austríaco, outros pilotos brasileiros foram aparecendo na pista. Pedro Paulo Diniz, Tarso Marques, Ricardo Rosset, Ricardo Zonta, Luciano Burti, Enrique Bernoldi, Antônio Pizzonia e Cristiano da Matta participaram da Fórmula 1 nas terras austríacas.
Ferrari causando vaias no pódio
![]() |
Grande Prêmio |
Muitos ainda se lembram do Grande Prêmio da Áustria, de 2002, com descrença. Rubens Barrichello fazia um final de semana maravilhoso, foi obrigado pela Ferrari a deixar Schumacher ultrapassar.
A reação do público não podia ser diferente. As vaias começaram e Schumacher ficou constrangido, trocando de lugar com Barrichello no pódio. O hino da Itália tocava, mas não havia clima mais para os ferraristas cantarem com orgulho o hino.
Brasil voltando para a pista
Esse ano o Brasil voltou a ser representado por Gabriel Bortoleto, que está correndo pela Sauber. Bortoleto vem aos poucos melhorando, mas por enquanto não há expectativas de ele subir ao pódio pois ele pilota um carro que não tem condições semelhantes às outras equipes do Grid.
O Grande Prêmio de Fórmula 1 da Áustria está acontecendo e a corrida principal será neste domingo (29/06).
Comentários
Postar um comentário