Equipes da Fórmula 1: Pacific Racing
Por Renata Resende
Ao longo da trajetória da Fórmula 1, várias equipes foram fazendo parte dessa história. Algumas delas entraram bem no início desse torneio e permanecem até hoje, como a Scuderia Ferrari. Algumas entraram, saíram e voltaram como a Mercedes. E outras entraram no campeonato com um sonho de se tornarem lendárias, mas hoje seus nomes são desconhecidos para muitas pessoas que acompanham esse mundo da Fórmula 1. Infelizmente, a Pacific Racing é uma delas.
O início dessa equipe partiu de um desejo do mecânico Keith Winggins. O britânico era um ex-funcionário da Project Four, uma equipe de F2 e F3 fundada por Ron Dennis, e quando Dennis quis ir com a equipe para a F1 (história para outro post), Winggins ficou na F2. Aí ele teve a ideia de fundar uma equipe e disputar outras categorias. Em 1984 surge a Pacific Racing e disputa a F-Ford.
Tendo Harald Huysman guiando o carro e com apoio da Marlboro, a Pacific Racing venceu o campeonato naquele ano. Em 1985 trocou o piloto, dessa vez Bertrand Gachot, venceu a F-Ford de novo e a lista de conquistas da equipe foi aumentando. Em 1986, com o mesmo piloto, venceu a F-Ford 2000. Em 1987 trocou de piloto de novo, e J J Lehto trouxe mais um título para a equipe, quando venceu a F-Ford 2000.
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Em 88 Winggs decide levar a equipe para a F3 Britânica e conseguiu o lugar mais alto do campeonato. Inspirado, Winggs conversou com a Marlboro e a Reynard tentando conseguir apoio para levar a equipe para a F-3000. A Pacific Racing entra na competição, leva as cores da Marlboro e vai com 2 carros. Além de Lehto e Irvine, Menish também pilotou em 1 corrida. Mas ao contrário das outras competições, nessa a Pacific Racing não começou bem não.
A sua 1ª temporada foi péssima, quase não pontuaram e ainda levaram um baque já que a Marlboro foi patrocinar a DAMS em 1990. Nesse começo de década de 90 a equipe teve entre seus pilotos o brasileiro Marco Greco. Em 1991 a Pacific Racing voltou mais estruturada e junto com outro brasileiro, Christian Fittipaldi, conseguiu o título. Porém a partir de 92 o desempenho da equipe já não foi o melhor.
Winggs queria levar a equipe para a Fórmula 1 em 93, mas não tinha dinheiro para participar da categoria máxima, mas em 1994 a história muda. Renomeando a equipe como Pacific Racing Grand Prix, ela estreia na F1 mas com um carro ultrapassado. O chassi era rígido e a traseira era mole. Porém a Pacific conseguiu novos apoios e foi arrumando o que precisava no carro até o final da temporada.
Em 1995 eles estavam no nível da Stake do ano passado, ou seja, no fundo do pelotão. Fizeram uma parceria com a Lotus, renomearam a equipe para Pacific Racing Lotus, e seus pilotos eram Andrea Montermini, Bertrand Gachot e os pagantes Giovanni Lavaggi e Jean Denis Deletraz. Mas quem teve o melhor resultado foi Montermini, quando conseguiu o 8º lugar no GP de Hockenheim.
Com desempenho ruim na Fórmula 1, a Pacific Racing decidiu sair da competição e voltar para a F-3000. Mas depois de 2 anos correndo sem sucesso, a Pacific Racing fechou as portas em 1998. Keith Winggs, fundador da equipe, quis continuar nas corrida e se tornou uma das únicas três pessoas que foram donos de equipes que disputaram em competições de Fórmula 1, IndyCar e ChampCar.
E foi que a Pacific Racing virou parte da história da Fórmula 1, com altos e baixos no currículo e que, infelizmente, não conseguiu se manter na categoria mais alta.
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