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Por Renata Resende
Localizado em Buenos Aires, Argentina, o Autódromo Oscar y Juan Gálvez recebeu durante muitos anos o torneio de Fórmula 1. Foram várias as cenas memoráveis que aconteceram no autódromo e merecem serem relembradas.
Fundado no dia 9 de março de 1952, a terra que antes era de tribos pré-hispânicas e cortado pelo rio Riachuelo, se tornou asfalto para o automobilismo mundial, com velocidade pulsando durante as competições.
O autódromo partiu da ideia dos pilotos Juan Manuel Fangio e José Froilan. O responsável pelo desenho do traçado foi Johannes Hugenholtz, o mesmo idealizador do circuito Zandvoort na Holanda.
O autódromo argentino é bem flexível, com o total de 15 configurações de circuitos que podem ser usadas a depender da competição que receber. Desses 15 circuitos que podem ser utilizados no autódromo, alguns ganham destaque, como:
Circuito nº 2
- Quase 4 km de extensão
- Sentido horário
- 13 curvas
- Recebeu a Fórmula 1 entre os anos 1953 e 1960
Circuito nº 6
- Quase 4 k de extensão
- 19 curvas
Circuito nº 9
- Traçado sinuoso
- Aproximadamente 3,3 km de extensão
- 14 curvas
- Recebeu a Fórmula 1 entre os anos 1971-1973
Circuito nº15
- Versão mais rápida e aberta
- Quase 6 km de extensão
- 16 curvas
- Eleita pelos pilotos, entre 1974 e 1981, como um dos melhores circuitos do mundo
Quando o Autódromo Oscar y Juan Gálvez estava para ser inaugurado, a Primeira Dama Eva Péron estava doente. Mas ela não queria perder um dos eventos mais importantes de seu país. Para facilitarem a ida dela, construíram um elevador que subia para o palco, assim, Péron teria esse auxílio para acompanhar a corrida de pertinho.
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A 1ª corrida aconteceu no dia 9/3/1952 e era a Copa Péron. O autódromo encheu com 120 mil pessoas assistindo Fangio ganhar a corrida. Falando em Fangio, ele se feriu em um GP na Argentina, mas não em um acidente ou batida de seu carro. O ano era 1955, e fazia um calor horrível na Argentina.
Fangio para se adaptar ao clima, viajou um mês antes para o país e diminuiu no consumo de água. Ele e Roberto Mieres foram os únicos a terminar a corrida sem revezar o carro com outros pilotos. No final da competição ele estava com a perna em carne viva. Sua perna ficou encostando tanto na lataria do carro e deixou o piloto com cicatriz para o resto da vida.
Foi no Autódromo Oscar y Juan Gálvez que aconteceu a 1ª vitória com um carro de Fórmula com motor traseiro em 1955. O piloto que conseguiu esse triunfo histórico foi ninguém menos Stirling Moss com seu Cooper T43.
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E claro, o autódromo também contou com presença de Ayrton Senna e Michael Schumacher. Senna era um grande amigo de Fangio e foi visitar o autódromo em 1993, logo após o campeonato de Fórmula 1 daquele ano terminar. E em 1998, o autódromo recebeu a única vitória de Schumacher naquela temporada de F1.
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