Teto de gastos da Fórmula 1

Carro da Red Bull F1- foto: Divulgação

Por Renata Resende 

Que a desigualdade econômica existe em praticamente todos os lugares, todo mundo já sabe, mas como isso funciona no mundo da Fórmula 1? Afinal a Ferrari tem mais dinheiro para investir do que a Haas, e como consequência, as equipes vão ter uma enorme diferença de desempenho na pista. 

Visando isso, a FIA estabelece um teto de gastos que visa equiparar pelo menos um pouco do quanto as equipes podem gastar ao longo do ano. Assim, na teoria, daria mais oportunidades para as equipes menores se manterem e avançarem no grid. 

Basicamente o funcionamento do teto de gastos é assim:

- Cada equipe tem um limite 135 milhões de dólares para gastar durante um ano;

- Caso as corridas ultrapassem 21 GPs, tem um acréscimo de 1,8 milhão de dólares para cada corrida. (O que acontece atualmente);

- Acréscimo de 300 milhões de dólares para cada Sprint;

- Acréscimo de inflação anual do G7.

Embora a ideia da FIA seja ir abaixando aos poucos o teto de gastos da Fórmula 1, existe dois leves impedimentos: A inflação, na Europa, que foi além da previsão e o campeonato estar crescendo cada vez mais. 

Mas o que as equipes podem incluir ou não nesse limite financeiro? Seguem abaixo alguns itens inclusos ou não no teto de gastos:

Incluso:

- Quase todas as peças que compõem o carro. O motor não está incluso porque muitas equipes compram os motores de outra montadora em vez que desenvolver o próprio motor;

- A maioria dos funcionários da equipe;

- Equipamentos presentes na garagem da equipe;

- As peças de reposição para os carros;

- Custos envolvidos no transporte e operacionais.

Não incluso:

- Salário dos pilotos;

- Salário dos 3 funcionários mais bem pagos da equipe;

- Marketing;

- Bônus e outros benefícios para funcionários;

(E tem mais coisas no regulamento)

Mas e se alguma equipe extrapolar esse teto de gastos, o que vai acontecer com ela? 

Bem, a FIA tem algumas punições previstas para esse caso. A punição vai variar pelo quanto a equipe gastou a mais do que devia. Pode ir de uma multa até ser expulsa de um campeonato mundial inteiro.

Temos um limite de gasto e temos punições caso o limite seja extrapolado. Agora é saber como é que uma equipe é descoberta caso ela esteja, jogando dinheiro no campeonato como o Silvio Santos jogava aviãozinho para sua plateia.

Todas as equipes tem que apresentar os relatórios de gastos até março do próximo ano para a auditoria. Além disso uma equipe fica de olho na outra, então a qualquer instante pode acontecer de, por exemplo, a McLaren chegar e dizer que a Williams está com muitas peças novas, dando a entender que a Williams está gastando demais. Até delação premiada tem.

O Toto Wolff relatou recentemente que quase estourou o teto de gasto por causa das batidas do Kimi Antonelli e do George Russell no final do campeonato do ano passado. A Red Bull Racing é um exemplo, famoso, de quem extrapolou o limite do teto de gastos. Mas no caso dessa equipe como gastou menos de 5% acima do limite, só levou uma multa.

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Fonte:

https://www.lance.com.br/mais-esportes/como-funciona-o-teto-de-gastos-da-f1.html

https://juliannecerasoli.com.br/tudo-sobre-o-teto-de-gastos-da-f1/