Resenha do capítulo Senna: o dia que não terminou - Roberto Cabrini

Por Renata Resende 

Roberto Cabrini é um dos maiores jornalistas da TV brasileira, e disso, ninguém pode duvidar. Vendo suas entrevistas, tudo que penso é, quando crescer profissionalmente, quero ser como ele e a Mariana  Becker.

A cada entrevista e podcast que vejo dele, me inspiro cada vez mais, desejando ter um pingo da coragem que ele tem. E lendo o livro dele não foi diferente. Mas nessa resenha, quero focar no capítulo que Cabrini escreveu sobre Ayrton Senna.

Cabrini é uma das pessoas que são procuradas, por entrevistadores, para falar sobre como era o Senna. Mais especificamente, como era Senna fora das câmeras. E nesse capítulo, o jornalista relembra momentos com o piloto, nos quais, Senna era brincalhão e carismático.

Ler sobre a história de Senna, pela ótica de Cabrini, trás uma sensação de proximidade com o piloto. Como se fossemos encontrar Senna na rua e ele fosse um colega que vemos todos os dias. Mas essa sensação de proximidade também trás um pouco de tristeza.

Tristeza quando o jornalista fala sobre o acidente fatal que ceifou a vida do piloto brasileiro. Cabrini relembra do dia do acidente, de quando deu a notícia lamentável, e deixa o leitor emocionado. Como ele diz, a notícia da morte de Senna, era uma notícia que ninguém queria dar, e ninguém também queria receber.

O jornalista vai atrás de várias partes da vida de Senna. Conversa com Liliam, ex-mulher do piloto, com Neyde Senna, a mãe de Ayrton, com o dono do restaurante em que Senna esteve pela última vez na sua vida. Conversa com a apresentadora Galisteu, com quem Senna passou os últimos dias de sua vida.

A cada pessoa entrevistada, Cabrini trás um pedaço do Beco, como Senna era conhecido na vida pessoal. O jornalista escreve de uma forma que contribue para que o nome de Senna permaneça vivo, mesmo que o piloto tenha ido embora. 

Esse capítulo ajuda a matar a saudade de um piloto que morreu antes mesmo de eu nascer. Cabrini demonstra, através das palavras, como Senna era motivo de orgulho para os brasileiros, e o legado do piloto nas pistas e fora delas.