Crônica de uma fã de Fórmula 1: A culpa é sua Netflix
Crônica de uma fã de Fórmula 1: A culpa é sua Netflix
Por Renata Resende
Quando comecei a assistir aquela série famosa da Netflix Drive to Survive, não imaginava que acompanharia com tanto afinco esse esporte e que ele faria tanto parte do meu currículo e da minha vida. Mas deixe-me contar como tudo começou.
A Copa do Mundo de 2022 tinha terminado, mas a adrenalina nas minhas veias ainda não tinha acabado. Eis que vejo na Netflix um documentário sobre o pentacampeonato do Brasil e o streaming me indicou uma série sobre os bastidores da Fórmula 1.
A Copa do Mundo de 2022 tinha terminado, mas a adrenalina nas minhas veias ainda não tinha acabado. Eis que vejo na Netflix um documentário sobre o pentacampeonato do Brasil e o streaming me indicou uma série sobre os bastidores da Fórmula 1.
Ah, mas F1 é tão chato. Eu não gostava daquela música que tocava na Globo, não achava nada demais no Ayrton Senna, eu não dava a mínima para esse mundinho de carros correndo. O que era uma ironia, considerando que sempre gostei de carros, tinha o sonho de aprender a dirigir e amava ver programas que passavam na TV e no YouTube sobre esse assunto.
Salvei a indicação na minha lista, e não lembro quando, mas resolvi assistir o 1º episódio. Ah, legalzinho. Gostei do episódio, mas não bateu aquela vontade de continuar a vendo. Passou um tempo, assisti o 2º episódio, e um tempinho depois assisti o 3º, e quando percebi, já estava indo para a 2ª temporada.
Ok, me envolvi nesse mundo, então vou escolher uma equipe para torcer. A série te conduz a torcer para a Red Bull ou para a Haas. Cogitei a 1ª, mas eu gostava mesmo era do Daniel Ricciardo. A Haas? Não. Aí comecei a olhar para as outras. Eu não queria torcer para a Ferrari, achava muito clichê. Eu olhava para a McLaren, mas ela não me chamava a atenção.
Mas aí aconteceu o que eu não esperava. Em um episódio, vi as duas Ferraris disputando entre si na pista, e me deu uma vontade de entrar na pista, puxar o Vettel e o Leclerc pelas suas orelhas e colocá-los de castigo para parar com a palhaçada. Aquela cena de briga doméstica realmente me irritou. Já era, eu não queria torcer para a Ferrari, mas ela me conquistou.
Vi as temporadas restantes e esse ano comecei a acompanhar o campeonato. Se alguém me dissesse que viraria a noite acordada para ver um bando de playboys milionários disputando racha legalizado, eu iria rir da pessoa. Ou mandá-la se catar. E eu fui me envolvendo cada vez mais. E me apaixonando cada vez mais.
Eu nunca imaginei que iria chegar até ao ponto de estudar sobre o assunto, escrever para um jornal e até criar um blog. Meus amigos até riram de mim quando viram que eu estava estudando sobre pneus na aula de literatura inglesa da faculdade. ´´São pneus!`` eles disseram, e eu respondi que são pneus especiais, cada um com sua função.
E sobre não achar graça no Senna, bom, eu me encantei totalmente por ele. Mas isso merece um post só para isso. E bora que esse final de semana tem F1 para acompanhar.
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